sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Depois de um LSD

Chego em casa.
Um pouco cansado, um pouco stressado. Sento na frente do computador e escuto uma discussão ao fundo, não quero saber, quero um pouco de paz, ligo o som e continuo navegando.Mais as discussões aumentam, choro, alguns gritos, mas não quero saber, PORRA, quero um pouco de paz. Me levanto
 -VAI TOMAR NO CU !!
Bato a porta e saio. Nem me escutaram, ainda escuto os gritos.
Ando pelas ruas sem saber direito a onde estou indo. Encontro alguns amigos, desabafo, acendo um cigarro e vou com eles ate a casa de alguns conhecidos.
Converso um pouco, acendo outro cigarro, escuto uma musica, me distraio. Esqueço a briga em casa.
O tempo passa, me despeço e vou embora, sozinho agora.
Já esta quase anoitecendo e não quero ir pra casa, pego um cigarro e vejo que restou apenas um no maço.
  -Puta merda.
Não tenho um puto na carteira. Sento em um banco de uma praça onde tem muitas pessoas, mas não conheço ninguém, fico só observando. Pego meu ultimo cigarro e acendo.
 -Me arruma um cigarro.
 -Esse era o ultimo.
 -Deixa eu fumar com você.
Até que não era uma má ideia.Não quero ficar sozinho, estava ficando entediado.
 -Fuma ai.
Era uma moça de cabelos castanhos, magra. Era uma moça bonita. Tinha uma garrafa de vinho na mão. Estava sozinha. Sentou e me ofereceu um gole.
Aceite.
Comentei algo sobre a sua blusa, uma blusa do ''THE DOORS'' com o Jim morrison de braços abertos.
Conversamos sobre musica, filmes, alguns livros e sobre as pessoas da praça, todas felizes, bebendo, se mostrando não sei pra quem. Acho que ninguém se importa.
Já era noite. A moça dos cabelos castanhos tira do bolso um LSD e me oferece.
Aceito.
Ela se apresenta.
 -Meu nome é Júlia.
Coloco o acido na boca, mas não digo meu nome.
Ficamos ali um tempo, não sei quanto tempo.
Olho para Júlia.
Nossa, ela é bonita mesmo. Como não percebi essa moça antes.
Achei que o acido estava começando a fazer efeito, quando vi um monte de cores. Mas era apenas um grupo escroto de EMOS.
Continuamos conversando, me senti atraído por Júlia. Pergunto se ela que dar um mergulho.
Ela pergunta onde e diz sim.
Já era madrugada, pelo menos acho que era. Pulamos o muro do clube do bairro, tiramos a roupa e nadamos. Nus.
A piscina tinha muitos peixes, peixes amarelos, laranjas.Tinha uns golfinhos também. Todos riam pra gente, e mergulhamos com eles por algum tempo.
Saímos, conversamos um pouco mais, mergulhamos de novo, os peixes diminuíram, até que sumiram. Ficamos ali na beira da piscina deitados, olhando as estrelas.Nus.
Senti uma vontade grande de beija-la. Mas não tive coragem, continuem olhando as estrelas.
Colocamos a roupa e decidimos ir embora.

Já estava amanhecendo e antes do clube abrir, partimos.
Paramos na esquina.
Achei que era hora de se despedir. Senti um aperto no coração e uma vontade muito grande de beija-la. Desisti.
 -Tchau.
 -Tchau.
Virei as costas e fui embora. Sem falar meu nome.
Cheguei em casa. Tudo calmo, sem sinal de brigas. Tomei um banho, fui pra meu quarto.
Deitei e dormi

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